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Fungicidas: 4 dicas sobre aplicação preventiva

Uma dúvida comum entre os produtores é sobre o momento em que devem ser realizadas as primeiras aplicações de fungicidas para o controle de doenças que impactam a produtividade da soja, como a antracnose e todo o complexo de manchas, principalmente a mancha-alvo.

Segundo os especialistas, como a entrada destas doenças acontece logo no início do ciclo da cultura, é importante protegê-la desde o estádio vegetativo e não somente nos períodos de floração e enchimento dos grãos.

Um dos motivos para essa aplicação inicial é que os fungos causadores das doenças são capazes de sobreviver na palhada e nos restos culturais, ou seja, já se encontram na lavoura desde a emergência da cultura. O manejo e controle já nessa fase proporcionará uma soja mais limpa e saudável no estado reprodutivo.

Os engenheiros agrônomos aconselham aplicar o fungicida ainda no estádio vegetativo da cultura, em torno de 30 dias. Ela é chamada de aplicação 0 (zero) e vem antes das primeiras aplicações de fungicidas no estádio reprodutivo da soja, que devem ocorrer até o 45º dia ou até o pré-fechamento da cultura.

Mas qual o fungicida ideal?

Para responder questões como essa, a Embrapa criou a Rede de Avaliação de Fungicidas para Controle de Doenças na Cultura da Soja. O objetivo desta Rede, que realiza experimentos desde 2003, é comparar a eficiência de fungicidas em diferentes alvos: ferrugem-asiática da soja, mofo-branco e mancha-alvo.

No caso da ferrugem da soja, já foram realizados cinco experimentos, avaliando fungicidas registrados, em fase de registro, (multissítios isolados, multissítios em mistura) e um experimento para monitoramento da sensibilidade do fungo a diferentes ingredientes ativos isolados.

De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, neste caso, não houve mudanças significativas em relação à safra anterior no que diz respeito à eficiência dos fungicidas. “Entre os fungicidas registrados, os dois mais eficientes (uma mistura de triazol, estrobilurina e carboxamida e outra de triazol, estrobilurina e multissítio) apresentaram eficiência de controle próxima a 80%”, destaca Cláudia.

O número de aplicações necessárias em uma lavoura irá depender de diversos fatores, tais como: época de semeadura, cultivar (ciclo e reação às doenças), condições climáticas etc.

O intervalo de aplicações deve levar em consideração às recomendações dos fabricantes, a qualidade das aplicações, as condições climáticas (excesso ou falta de chuvas), pressão de doenças, arquitetura e estádio das plantas. É importante o monitoramento da lavoura, a fim de identificar possíveis falhas de cobertura e novos focos de doenças. Quanto menor for a quantidade de produto, menor será o residual do fungicida e mais próximos devem ser os intervalos.

Veja quatro dicas para aplicar fungicida:

1 - Utilize fungicidas de sítio específico e multissítios com registro para a cultura e o alvo, atendendo às recomendações de Manejo do FRAC;

2 - Somente prepare a calda momentos antes da aplicação;

3 - Não deixe a calda parada no pulverizador para que não decante e acabe prejudicando sua aplicação, limpeza e o equipamento em si;

4 - Opte por utilizar máquinas pulverizadoras devidamente reguladas que tenham a eficiência que você precisa para agitar essa calda preparada sem que os resíduos decantem.

 

 

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