Proposta elaborada pela Sindicato já foi apresentada ao governo Eduardo Leite para auxiliar no impacto provocado pela estiagem nas últimas safras gaúchas
Discutir e apresentar as entidades o Fundopem da Irrigação - uma proposta que prevê incentivos fiscais aos produtores rurais para investimentos na implantação ou ampliação de sistemas de irrigação nas culturas agrícolas, em especial de milho e soja, essa será uma das ações que o SIMERS fará durante a Expodireto Cotrijal, de 6 a 10 de março,em Não-Me-Toque.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (SIMERS), Claudio Bier, o Programa de Expansão da Agricultura Irrigada no Estado do Rio Grande do Sul (FUNDOPEM-IRRIGAÇÃO/RS) é uma forma de enfrentamento e superação aos longos períodos de estiagem que têm assolado os verões em território gaúcho e, só em 2022, gerou um impacto econômico negativo de R$115 bilhões em toda a cadeia do agronegócio, segundo dados da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL).
Claudio Bier acredita que a efetivação da proposta dará um impulso para o setor agrícola, que tem importância vital na vida econômica e social do Estado. “Eu, que já sou entusiasta desse projeto há muito tempo, fiquei feliz em ver a vibração do governador ao recebê-lo. Eu acho que essa proposta vai dar fruto e nós teremos muito mais irrigação no nosso estado”.
O presidente do SIMERS reitera que a irrigação não só evita perdas, mas também previne os efeitos negativos provocados pela estiagem. “É uma prática que aumenta a produção e o rendimento e ainda melhora a qualidade dos produtos nos outros períodos. Comparativamente com as lavouras de sequeiro, os ganhos são de forma contínua”, resume o dirigente, que relaciona as produtividades em lavouras irrigadas de milho e soja, na safra 2021/22, ano em que houve grandes perdas devido à falta de chuvas. “A produtividade foi muito superior às alcançadas pelas lavouras de sequeiro, no milho foi de 200% a mais e na soja passou de 80%”.
O projeto incentiva a aquisição de insumos, sistemas de irrigação, máquinas e equipamentos agrícolas, bens e serviços de fornecedores estabelecidos no Rio Grande do Sul e que, preferencialmente, são produzidos por empresas do estado, em troca de crédito fiscal presumido de ICMS destinado aos produtores rurais, conforme explica Luiz Antônio Bins, que teve participação importante na elaboração e formatação do projeto.
“Esse crédito presumido será concedido aos produtores, de forma eletrônica, possibilitando que ele o utilize para compensar imposto devido em operações que realiza ou que possa transferir para outros contribuintes, como seus fornecedores, ou ainda para os adquirentes da sua produção agrícola. Essa transferência é uma forma de comercialização do crédito presumido, que será transformado em recurso financeiro a ser utilizado nas mais diversas atividades do produtor rural”.
Expectativa é de boas vendas, apesar do cenário desfavorável
Em relação as novidades e negócios no setor de máquinas agrícolas durante a Expodireto, o presidente Cláudio Bier projeta um cenário muitas indefinições, porém com uma perspectiva de boas vendas.
“Apesar da escassez de crédito e da estiagem que impacta a safra de verão gaúcha, temos que lembrar que no resto do país as safras foram boas e na Expodireto vem muitos produtores de outros estados”, destaca Bier.
O setor de máquinas e implementos é tradicionalmente é responsável pela maioria das transações bancárias na Expodireto Cotrijal. O volume total negociado em 2022 chegou a R$ 4,9 bilhões, o que representou um crescimento de 87% em relação a 2020.
“A expectativa é igualar os números do ano passado, quem sabe até com o crescimento da procura por equipamento de irrigação”. Cerca de 65% das máquinas e implementos agrícolas produzidos no país são provenientes das indústrias do Rio Grande do Sul.
Texto: AgroUrbano Hub de Comunicação
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Foto: Emerson Alves - AgroUrbano
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