Por muito tempo, o agricultor se preocupou apenas com a parte foliar das plantas e com aplicação de defensivos. Hoje essa realidade está mudando e a preocupação com o solo começa a crescer, levando-se em conta que para obter um bom potencial produtivo em qualquer cultura, é necessário estar atento à adubação e fertilidade do solo, como explica o engenheiro agrônomo da Sementes Jotabasso, Winícius Menegaz.
Para a cultura da soja, apesar de não ser uma planta muito exigente, é preciso boas condições de solo e um bom manejo para que a cultivar expresse todo seu potencial produtivo. Esse potencial das cultivares está diretamente relacionado às condições do ambiente, onde as plantas irão se desenvolver.
Dicas
Uma das práticas de manejo mais comuns no Brasil é o sistema de plantio direto, uma estratégia eficazes para melhorar a sustentabilidade da agricultura. Através dessa técnica, é possível minimizar as perdas de solo e de nutrientes por erosão, além de ajudar a conservar a umidade de solo, fator determinante na hora de iniciar o plantio da soja.
Tudo isso, aliado a três princípios básicos do plantio direto, que são a cobertura permanente do solo; sistema de rotação de culturas e o mínimo revolvimento do solo. Winícius Menegaz lembra que, nesta época do ano, a maioria dos agricultores já adquiriram as sementes e insumos, e agora é preciso buscar informações detalhadas junto a sementeira onde adquiriu o material, falando com os técnicos e agrônomos, para obter os detalhes de cada material que ele adquiriu. Isso porque tem muito material novo no mercado e com novas características.
No entanto, outros pontos precisam observados pelos agricultores nesta época de pré plantio da soja: O engenheiro agrônomo da Jotabasso destacou 4 pontos que ele considera muito importante.
1 – Estande ideal - “O produtor precisa saber, por exemplo, o estande ideal para a sua região; o nível de fertilidade que o material tolera; a época de plantio, fazer a reflexão da janela ideal de plantio, pois cada material vai entregar mais produtividade de acordo com sua janela ideal de plantio. Também é importante buscar materiais com tolerância a cistos, nematoides, que ocorre muito no Mato Grosso, por exemplo”.
2 – Cobertura vegetal da lavoura - “Buscar entendimento mais concreto de como está a cobertura vegetal da lavoura, se tem uma boa palhada, seja de milho, sorgo, milheto, braquiária, ouse ficou sem cobertura e agora há plantas daninhas. Isso dá um norte para saber a próxima etapa”.
3 - Dessecação - “Entendendo a cobertura vegetal que o produtor conseguiu formar, é possível formular uma estratégia de dessecação, que herbicida será usado em uma palhada de braquiária, por exemplo, ou na área que ficou em pousio; essa premissa de saber o que tenho de palhada vai trazer a estratégia de dessecação, vem o monitoramento de pragas, com o manejo integrado de pragas (MIP), utilizar o herbicida e inseticida ideal para o invasor”.
4 – Clima ideal - “Acompanhamento do acúmulo de chuvas, pra que se fala um plantio adequado, é importante que o solo tenha umidade mínima para a germinação da semente. Muitos agricultores, na primeira chuva já vão plantar. Mas é importante ter uma estratégia, esperar de 60 a 70 mm de chuva acumulado em cada talhão. As chuvas iniciais são esporádicas e podem não ser suficientes para a germinação, pode não ser suficiente para iniciar o plantio. É isso que fazemos aqui na Fazenda Jotabasso, aguardamos no mínimo 60 ou 70 mm de chuva para iniciar o plantio, reduzindo os riscos de perda e otimizando os recursos aplicados”, finaliza o agrônomo.
Informações para a imprensa:
Texto: AgroUrbano Comunicação
Fone/Whats: (51) 99165 0244
www.facebook.com/AgrourbanoComunicacao
Instagram: @agrourbano_comunicacao