Serão 21 toneladas apenas para o Egito. Mercados como Europa e Ásia também já importam o fruto brasileiro
Os benefícios da noz-pecã brasileira estão, cada vez mais, conquistando o mercado mundial, mais especificamente o fruto cultivado no Sul do país. Boa parte das 7 mil toneladas produzidas anualmente no Brasil, são exportadas para países da Ásia, Europa Central e, mais recentemente, para o continente africano.
Para confirmar que o ano foi realmente promissor, a Divinut, umas das maiores processadoras e exportadoras do país, embarcou na última quinta-feira (28/12) para a Alexandria, no Egito, o primeiro container de noz-pecã brasileira. Serão 21 toneladas do fruto descascado. Apesar de quase desconhecido na maior parte do país e ainda pouco consumido localmente, o Brasil já é o quarto maior produtor mundial, atrás de Estados Unidos, México e África do Sul.
“O ano de 2023 foi muito importante para fortalecer e abrir novos mercados para a noz-pecã produzida no Brasil. O fruto despertou o interesse de mercados importantes, como por exemplo, na Europa, Oriente Médio e agora mais recentemente na África. Além disso, estamos mantendo negociações com Hong Kong, Japão e Indonésia”, afirma o diretor da empresa com sede em Cachoeira do Sul (RS), Edson Ortiz. O município gaúcho concentra a maior área plantada da América Latina com mais de 1,2 mil hectares. A empresa, com 23 anos de tradição, já é uma das maiores processadoras de noz-pecã do Hemisfério Sul.
Em novembro deste ano, a empresa embarcou o primeiro lote com 19 toneladas de noz-pecã descascadas para a Arábia Saudita. Ortiz adianta que o Canadá deverá ser o próximo parceiro comercial da empresa, que vende para Israel, Itália, Egito e tem a Espanha como maior comprador. Para o empresário, os novos negócios são resultado da participação da Divinut no Congresso Mundial de Nozes e Frutos Secos, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no ano passado.
A Divinut atua numa cadeia verticalizada, da fazenda ao consumidor, mas não faz a produção. Os frutos exportados são de pomares parceiros, de onde fazem parte cerca de 4 mil produtores nos três estados da região Sul. A empresa é especializada no beneficiamento de noz-pecã e na produção de mudas e é dona do maior viveiro de mudas com raízes embaladas do mundo. O Rio Grande do Sul responde por 80% da produção nacional do fruto.
Texto: AgroUrbano Hub de Comunicação
Foto: Divinut / divulgação
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