Fazendas do Cerrado brasileiro enfrentaram o estresse climático e ainda conseguiram aumentar a produtividade
O frio intenso do inverno, com fortes geadas em junho e julho, deve comprometer parte da safra 2022 de café, que já estava prejudicada pela estiagem. Os danos são variáveis, mas em regiões como o norte do Paraná e o sul de Minas, as perdas podem chegar a 30%.
Os cafezais estão sujeitos a imprevistos, provocados pelos temidos estresses abióticos, que podem surgir em circunstâncias de déficit hídrico e temperaturas extremamente baixas ou altas. Nesse contexto, em que os produtores precisam dispor de tecnologias que entreguem proteção e rentabilidade, a BioAtlantis, empresa irlandesa especializada em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a agricultura traz, da Europa, SuperFifty, uma tecnologia testada e aprovada, tanto em condições laboratoriais como no campo, para atender as necessidades climáticas de diferentes regiões do Brasil.
“Observamos um combate ao estresse muito eficaz, o café teve um vigor maior nos 30 hectares em que aplicamos o produto, se confrontado com outras áreas onde não foi aplicado. Também houve mais pegamento e, ao final, um aumento significativo de produção, atingindo até 10 sacas por hectare”, afirma Beatriz Mameri, administradora da Fazenda Sete Irmãos, no município de Araguari (MG), no Cerrado mineiro. Com 4500 agricultores dedicados à cultura, é a primeira região que obteve reconhecimento de Denominação de Origem no Brasil.
Com verões úmidos e quentes, invernos secos e normalmente amenos, e algumas condições de veranicos, a área concentra muitas das famosas fazendas de cafés de alta qualidade do país, assim como o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba.
Junto com o irmão, Luiz Antônio Mameri, a engenheira agrônoma leva adiante o trabalho iniciado pelo pai. Voltada 100% para a produção de cafés de qualidade e premiada como o melhor café produzido, em 2020, na região, a propriedade é certificada com o selo Rainforest Alliance, que identifica o café cultivado em propriedades que seguem rigorosos padrões sociais e ambientais. Entre as práticas inovadoras, destacam-se um viveiro, onde são cultivadas mudas nativas de cerrado a partir de sementes recolhidas dentro da reserva legal, com o intuito de reflorestamento, e um apiário próximo aos cafezais, que promove um maior vingamento das floradas do café e produz mel dessas floradas.
“Trabalhamos com quatro variedades de café e o nosso esforço começa bem antes da colheita, para que aconteça a qualidade desse fruto”, acrescenta Beatriz. Nas próximas safras, a área de aplicações será ampliada. “Comprovamos um ótimo custo-benefício e a obtenção de um lucro muito bom no incremento da produtividade. Nós vamos aplicar novamente e eu recomendo”, resume a agrônoma e produtora Beatriz Mameri.
O fabricante da tecnologia sugere de três a cinco aplicações nas plantas por ciclo. No caso da Fazenda Sete Irmãos, foram realizadas três aplicações de SuperFifty: na pré-florada, florada e no pegamento, em áreas de produção. “É a melhor opção de tratamento, pois preserva a planta especialmente em períodos críticos de crescimento da cultura e garante o seu pleno desenvolvimento, como ocorreu na Sete Irmãos”, garante o engenheiro agrônomo Leonardo Duprat, gerente técnico da BioAtlantis Brasil, empresa de biotecnologia que está no mercado desde 2007. O especialista explica que o estresse oxidativo, ou abiótico, que ocorre em períodos de condições adversas, é resultado do acúmulo de espécies reativas de oxigênio (ERO) de forma tóxica à planta. “A consequência é um declínio no crescimento, no desenvolvimento e na produtividade das plantas. Dessa forma, o uso da tecnologia acaba sendo essencial para que a planta possa manter o seu potencial produtivo, evitando prejuízos ao cafezal”, explica.
Outra propriedade produtora de café, localizada no cerrado Goiano, também descobriu as vantagens que a tecnologia europeia oferece aos cafezais brasileiros. Os irmãos Gremonese, proprietários da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Catalão (GO), contam como a tecnologia os ajudou a superarem as variações climáticas que atingiram os cafezais nas últimas safras. “A lavoura estava preparada para uma boa produção, mas as insolações e fortes ondas de calor nos deixaram muito preocupados. O nosso consultor indicou o SuperFifty como uma solução antiestressante e o resultado foi muito satisfatório, tanto em pegamento de chumbinho como em formação de roseta, mesmo em um ano tão crítico”, relata Marcio Gremonese. O irmão, Marcelo, acrescenta que qualidade é uma exigência na propriedade, onde são cultivadas nove variedades de café arábica. “Também torramos e embalamos o café, padrão exportação, para todo o Brasil. Trabalhamos com as linhas tradicional e gourmet e os grãos são pré-selecionados, estamos satisfeitos com o resultado que tivemos. O produto é muito bom, daqui pra frente vamos sempre colocar no manejo da fazenda”.
Quando aplicada de três a cinco dias antes de um evento de estresse previsto, a tecnologia, de origem natural, prepara a planta a tempo para se mobilizar e responder rapidamente ao estresse. “Ela consegue desenvolver como se estivesse em condições não tão adversas. O produto ativa a fotossíntese dos cafeeiros e a produção de antioxidantes, desta forma, estarão protegidos do estresse oxidativo, induzido pelo ambiente desfavorável, até a expansão dos frutos”, complementa Duprat. SuperFifty também é utilizado em frutas, hortaliças e cereais.
Texto: AgroUrbano Comunicação
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