Por ser uma planta mais tolerante ao estresse hídrico, o sorgo vem sendo plantado em algumas regiões no lugar do milho safrinha. Em um cenário de instabilidade climática, como a vivenciada pelos produtores nas últimas safras, trabalhar com culturas mais rústicas, sem perdas significativas de qualidade nutricional, tem sido fundamental.
O período da segunda safra, momento quando o sorgo geralmente é cultivado, representa uma parcela extremamente significativa para a rentabilidade das lavouras. Portanto, é de fundamental importância planejar e escolher com cuidado as melhores variedades para obter a maior produtividade possível na área semeada.
Granífero
Nesse contexto, o sorgo granífero se apresenta como planta de baixo porte, com altura de até 170 cm e com um cacho compacto de grãos. Entre as vantagens de seu plantio está a maior tolerância à seca do que outros cereais; menor custo de produção; fornecimento de palhada residual; produção de rebrota; boa liquidez; menor incidência de micotoxinas nos grãos e baixo fator de reprodução de nematóides.
Outro fator que está fazendo o sorgo deixar de ser apenas uma cultura alternativa para entrar de vez no planejamento da lavoura são os altos índices de produtividade. O desenvolvimento de novas cultivares e o manejo correto da produção contribuem para os bons resultados.
Características para implantação
É importante observar as condições ideais de solo e temperatura. Mas, de maneira geral, o sorgo possui características xerófilas (raízes largas para que possam retirar água do solo) e bastante tolerância à seca. Resistente a altas temperaturas, se desenvolve, inclusive, em condições consideradas desfavoráveis para o cultivo de outros cereais como o milho. Por esta característica, se adapta facilmente a locais áridos e com escassez de chuva.
Semeadura
A semeadura pode ser realizada com o mesmo maquinário usado para soja, arroz, trigo, ou outros grãos. No Sul, o sorgo é plantado no verão; no Centro-Oeste é plantado em sucessão à soja; no Nordeste o sorgo é plantado na época da chuvas, geralmente em março.
O padrão federal brasileiro para a semente do sorgo considera, no mínimo, 75% de poder germinativo. Apesar disso, algumas marcas optam por 80%.
Adubação e nutrição
De acordo com o Ministério da Agricultura, a maior exigência do sorgo refere-se ao nitrogênio e potássio, seguindo-se o cálcio, o magnésio e o fósforo. É preciso adubação no sorgo, para que a cultura seguinte não sofra com a não reposição dos nutrientes que o sorgo extraiu.
Controle das plantas daninhas
O manejo integrado para controle de plantas daninhas deve ser feito para evitar reduções na produção de sorgo. Após a colheita, o sorgo se destaca por resistir bem à etapa de armazenamento, mantendo a qualidade por um longo período.
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Texto: AgroUrbano Comunicação
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