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Suplementação de boro em adubação de cobertura reflete na safra de verão

Tecnologia com controle de liberação de boro minimiza perdas por lixiviação em solos que recebem altos volumes de chuva no pós-colheita

 

Depois de um ano de El Niño, período em que a região Sul do Brasil enfrentou grandes volumes de água, o solo precisa se recuperar de possíveis danos e perdas de nutrientes. Por isso, o manejo de cobertura do solo no inverno é essencial e pode refletir diretamente no resultado da safra de verão. Conforme os especialistas, uma boa cobertura após eventos climáticos é crucial para proteger o solo ou melhorar suas condições físicas, químicas e biológicas, mesmo no pós-colheita quando os nutrientes são retirados junto com os grãos.

Diante desse cenário, o inverno é o momento ideal para investir na cobertura do solo, visto que as culturas de verão não fornecem palhada suficiente. Essa prática é amplamente adotada no Sistema Plantio Direto, onde as plantas servem de matéria-prima para formar a matéria orgânica que promove a estruturação do solo. Entre as espécies mais utilizadas para cobertura estão a aveia, nabo forrageiro, azevém, ervilhaca, tremoço, centeio, milheto e trigo, entre outras.

De acordo com Murilo Hedlund, engenheiro agrônomo e desenvolvedor técnico de mercado da MaxiSolo, a cobertura do solo também auxilia na retenção de umidade e no aumento da porosidade. “As plantas de cobertura são muito importantes na questão da ciclagem dos nutrientes, no desenvolvimento radicular das culturas subsequentes e na geração de galerias de macro e micro poros no perfil do solo. Além disso, auxiliam na parte de retenção de água e na capacidade de diminuição da evaporação, favorecendo a microbiota do solo”, destaca o agrônomo.

Por isso, a suplementação é uma das formas mais indicadas para repor os nutrientes, minimizando os danos provocados pelas perdas no solo e, por consequência, na planta. Para auxiliar nesse processo, a MaxiSolo, empresa catarinense especializada em nutrição vegetal, desenvolveu o SulfaBor, um fertilizante mineral misto com ação multinutricional que oferece, além do boro, cálcio e enxofre na forma de sulfato. A tecnologia é composta por duas dinâmicas de liberação – uma mais rápida e outra gradual - fornecendo os nutrientes no início, meio e fim da cultura.

O engenheiro agrônomo e gerente de marketing da MaxiSolo, Caio Kolling, explica que as perdas são variáveis e as fontes mais rápidas de boro têm maior tendência para a lixiviação. “O boro é um micronutriente que se perde com facilidade podendo acarretar diminuição de produtividade, mas após pesquisas e comparações de campo, constatamos que SulfaBor reduz significativamente essas perdas”.

Kolling destaca ainda os resultados dos estudos realizados pelo Núcleo de Inovação e Pesquisa da MaxiSolo (NIPS) em parceria da Universidade Federal de Santa Catarina. “Liberamos SulfaBor em colunas com perfil de solo e simulamos chuva, em laboratório. Percebemos que, com 450 mm de chuva, ainda há liberação de boro pelo nosso grânulo. Isso significa que, com a liberação gradativa, a dissolução do grânulo é mais controlada. Com outras fontes, a perda já ocorre com menos da metade dessa precipitação. Concluímos que a variação de boro é tão grande que toda safra necessita uma suplementação anual de boro na manutenção do solo”, conclui.

 

 

 

 

 

Texto: AgroUrbano Hub Comunicação
Tel: (51) 99165 0244 – Emerson Alves
Foto: MaxiSolo / divulgação
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